sábado, 26 de fevereiro de 2011

OS ABSOLUTAMENTE SÓS

"pois o anjo
sempre foi a imagem perseguida pelo texto"
(Onde Vais, Drama-Poesia? - Llansol)



OS ABSOLUTAMENTE SÓS


Cansado de causar cansaços
De abandonar amores e abraços
Um chumaço de amor despedaçado
Enlaço meus próprios passos aos pés em laços


Um anjo em pedaços
Te amo ou te abraço
Aos dois me arrasto,
E assim me acho
Já cansado de não amar, só amassos
Me iludo e me farto


Fui,
Serei um ato?
Um homem machucado?
De um amor, um recado amassado




- Há um fulgor por vir aqui, Joshua
E não sei se a sua vinda
Causará uma simetria ou um caos
É a contra face do texto enredado
Autonomia dos rebeldes
As margens dos relatos
O 'aonde vais?' de toda poesia


Errado,
O espelho dos cacos silenciados
As dores soterradas em silêncios incendiados
OS ABSOLUTAMENTE SÓS


- Litoral do mundo,
Os pregos na erva,
Geografia de rebeldes,
Causa amante,
Uma data em cada mão,


N'O Livro das Comunidades
Não acho nenhum fato ou relato
Eu acho




Um Caio



Ao cão Jade,
Ao arbusto Prunus Triloba,
Ao Coração do Urso,
Às Damas do Amor Completo e a Joshua,
À beguina Hadewijch, São João da Cruz, Müntzer e Comuns,
À Comunidade de figuras e à Ana de Peñalosa,

À MARIA GABRIELA LLANSOL,
obrigado pela convocação amante e fulgurante aos seus textos,
Sem sua Comunidade textual, cenas-fulgor, sem a Palavra-Clorofila,
Sem o luar libidinal, sem Esse-Presença Amante,
Nunca interrogaria para 'Onde Vais, Drama-Poesia?'